As Festas do Eterno
Os cristãos gentios devem observar as festas judaicas?
Existem várias razões pelas quais este tópico está voltando com força. A principal razão é que, nos últimos 20 anos, as igrejas cristãs em todo o mundo, representadas por quase todas as principais denominações cristãs, tornaram-se muito mais conscientes da identidade judaica de seu Salvador e Rei. Isso, é claro, é uma coisa maravilhosa.
A questão geralmente é formulada de maneira muito simples: “Os cristãos devem observar as festas judaicas?” Eu diria a você que há vários problemas com a forma como a pergunta é formulada.
Uma pergunta capciosa
Em primeiro lugar, comumente supõe-se que os “cristãos” são membros de um movimento não-judaico, independente em todos os aspectos do povo de Israel. Hoje, sabendo o que sabemos sobre o contexto judaico do Novo Testamento, podemos dizer com plena confiança que essa afirmação não é verdadeira.
Em segundo lugar, a pergunta refere-se às Festas do Senhor como “as festas judaicas”, como se essas festas não pertencessem ao próprio Deus, como claramente indica sua terminologia bíblica. Somente quando adotarmos as categorias bíblicas (em vez de teológicas), podemos começar a ver que estamos fazendo a pergunta errada. Perguntas erradas, por sua vez, são conhecidas por levar pessoas boas a respostas erradas.
Em terceiro lugar, o uso do “deve” também é problemático. Ele coloca, involuntariamente, a pergunta dentro da divisão protestante-católica do século XVI em relação à salvação pessoal (fé x obras).
Como Acompanhar as Festas?
Gostaria de refazer a pergunta de uma forma que seja mais adequada ao contexto bíblico:
Deve o seguidor do Messias Judeu, oriundo das nações e não de Israel, também santificar ‘as Festas do Senhor?
Acho que a resposta a esta pergunta é claramente – SIM! A questão não é “se”, mas “como” os seguidores gentios do Messias Judeu devem observar as festas do Senhor expressando a continuidade da aliança e sua parceria com Israel, com plena compreensão das poderosas implicações trazidas pela vida, morte, ressurreição e ascensão do Messias.
É realmente muito interessante notar que as Igrejas cristãs, especialmente em suas expressões católicas e ortodoxas orientais, nunca afirmaram que os cristãos deveriam deixar de observar as festas do Senhor. De fato, ambas as comunidades cristãs (juntamente com a maioria das protestantes) marcavam regularmente muitas festas bíblicas importantes com celebrações especiais de adoração. Infelizmente, eles muitas vezes observaram as festas propositadamente em datas diferentes e muitas vezes inventavam tradições muito distantes (e às vezes antitéticas) das injunções bíblicas originais.
Os cristãos gentios hoje são chamados a se unirem novamente ao povo de Israel por meio, dentre outras coisas, da observância das Festas do Senhor centrada em Cristo e, ao fazê-lo, experimentam seu pertencimento à Comunidade de Israel. (Ef 2:12)
Pêsach
A saída do sistema do anticristo pelas mãos das duas testemunhas em direção ao deserto.
Shavuôt
As leis do Eterno escritas em nossos corações por meio do Espírito Santo dado pela nova aliança em Yeshua o Messias.
Sucôt
A providência e a proteção de Yeshua no Reino Milenar, o Reino dos céus, as chamadas bodas do cordeiro.
Pêsach
Pêsach
Páscoa é a festa que marca o início do calendário bíblico de Israel e delimita as datas de todas as outras festas na Bíblia. Páscoa (Pêssarr, em hebraico) significa literalmente “passagem” (pois o Senhor “passou” sobre as casas dos filhos de Israel, poupando-os. Ex 12:27). É uma FESTA instituída por D-us como um memorial para que os filhos de Israel jamais se esquecessem que foram escravos no Egito, e que o próprio D-us os libertou com mão poderosa, trazendo juízo sobre os deuses do Egito e sobre Faraó. (Ex 12). Páscoa fala de memória, de identidade. O povo de ISRAEL foi liberto do Egito para poder servir a D-us e ser luz para as nações. Páscoa é uma FESTA instituída para que jamais ISRAEL se esquecesse quem foi, quem é e o que deve ser. Da mesma forma, todos os que são discípulos do Mashiach são co-herdeiros e co-participantes das promessas e das alianças dadas por D-us a Israel, pois através do Evangelho foram enxertados em ISRAEL e são parte do mesmo corpo (judeus e não-judeus), a Família de D-us (Ef 3:6). Daí, conforme o ensino apostólico em I Co 5:8, os discípulos de Yeshua não-judeus podem e devem também celebrar este memorial. O simbolismo da Páscoa é parte da mensagem no Novo Testamento, e toda a obra da Cruz se baseia no evento da Páscoa Judaica. Yeshua não apenas é morto em Páscoa, mas ele simboliza o próprio CORDEIRO pascal (I Co 5:8), que TIRA o pecado do mundo (Jo 1:29) e cujo sangue nos liberta, nos resgata da escravidão do pecado e nos SELA como Seus filhos. Nele (Yeshua), somos feitos NOVAS CRIATURAS sem o fermento da malícia e da maldade. Como podemos ver, não se pode entender a obra da cruz sem o conhecimento dessa que é a mais simbólica das Festas de D-us. Páscoa fala de nossa LIBERTAÇÃO para servirmos a D-us.
- O Verdadeiro Sentido da Páscoa (Pêsach)
- Como os antigos judeus comemoravam esta data?
- Existem adereços especiais que nos ajudam a ver como a Páscoa era comemorada?
- Como as famílias devem hoje celebrar esta data?
- Ovo de páscoa... pode?
Shavuôt
Shavuôt
Em Shavuot celebramos a capacitação espiritual para sermos testemunhas do Eterno neste mundo. Tanto no Sinai, quando em Sião (At cap. 2), ocorreu a mesma coisa. Segundo a tradição rabínica, a Torá não foi dada no Sinai. Ela foi RELEVADA. Daí, todo judeu, nascido posteriormente ao evento no Sinai, pode, em espírito, ter a mesma experiência que seus antepassados tiveram durante a outorga da Lei. Da mesma forma, a experiência dos apóstolos no Monte Sião (At 2) também pode e deve ser re-experienciada por todo temente ao Deus de Israel. Estes dois eventos (Ex 20 e At 2) são paralelos e convergem espiritualmente para o mesmo fim = Capacitação Espiritual com os dons do espírito para realização de nosso chamado maior: Sermos LUZ para o mundo!
- finaliza o final dos 50 dias de colheita e ajuntamento das primícias
- cerimônia de apresentação desses primeiros frutos na Casa de Deus em Jerusalém
- oferecendo-os aos sacerdotes e levitas
- A dádiva da Torá no Monte Sinai também é associada à Festa de Shavuot
- O Espírito Santo sobre os Apóstolos, o povo de Israel e os habitantes de Jerusalém receberam este evento em Shavuot
Sucôt
Sucôt
A Festa de Sucôt (Tabernáculos ou Tendas) é a maior das festas bíblicas. Ela é a única festa que é chamada de “A Festa” (Lv 23:39) e com certeza é a festa bíblica com maior significado profético. Durante as bênçãos de Sucôt, declaramos: “Z’man Simchatenu” – Tempo da nossa alegria!
Os levitas tocavam o Shofar e o povo segurando folhas de palmeiras e a luláv nas mãos proclamava em alta voz: “Adonai Hoshia!”, “Hoshanah!” – “Senhor salva-nos e nos faça prosperar!”. E é nesse momento que Yeshua, presente no templo e vendo tudo isto, se dirigiu a multidão e declarou em alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba! Quem crer em mim, como diz as escrituras, rios de água viva correrão do seu interior!” Jo 7:37-38. Emociono-me só de imaginar a cena! Yeshua desafia as multidões e se revela como o Messias de Israel, fazendo uma alusão direta ao texto de Isaías 12:2-3 e também ao Salmo 118! Quando ele diz: “…como diz a Escritura…”, ele se referia exatamente ao texto do Salmo 118 que exaltava ao Messias, o Ungido de D-us. Exatamente quando o povo clamava por salvação, Yeshua se revela em autoridade e poder como o Ungido de D-us!
- a única festa que é chamada de “A Festa” (Lv 23:39)
- festa bíblica com maior significado profético
- os mandamentos do Eterno não são apenas alegorias espirituais
- sobre o amor e a fidelidade de D-us
- As quatro espécies de vegetais (arba minim), comumente chamadas de luláv
Consagrações e Reconhecimentos
Reconhecimento de Ordenação Pastoral pelo Conselho Superior de Bispos AMEIS SERVIR, Pastor João Victor. Presidente do Ministério Coração Restaurado, na festa dos Tabernáculos 10/2024 na congregação Coração Restaurado.
Comprometendo-se por meio da graça de Cristo Jesus a desempenhar o ministério pastoral na direção do propósito do chamado de Deus. Pastor João Victor; Presidente do Ministério Coração Restaurado, na festa dos Tabernáculos 10/2024 na congregação Coração Restaurado.
A AMEIS SERVIR por meio de suas atribuições concede a nossa irmã Maria José o certificado de honra ao Mérito por sua participação no curso de teologia básica da CETERCA, como um estimulo ao mais jovens a estudar sempre, aprender sempre e buscar formação sempre.